Quanto tempo faz?


Faz MUITO tempo que eu não escrevo nesse blog e a verdade é que eu estava morrendo de saudades. Antes de prosseguir com os motivos que nos mantiveram fora do blog, vamos fazer uma pausa de voltar no tempo, porque bem, pode até ser que a realidade não nos permita viajar no tempo, mas a leitura, sim. O ano era 2008. Eu me lembro de estar sentada na cadeira do meu quarto, rodeada por CDs rock e com a cabeça bem atordoada pelos problemas de uma adolescente que não se encaixava. Descobri o blog, e me pareceu uma ideia ótima centralizar os meus pensamentos soltos ou espalhados em cadernos diferentes, em um único lugar. O tempo passou, e com ele muitas mudanças vieram. Ainda que o blogger em sua totalidade não tenha acabado, a verdade é que outros formatos de redes sociais ganharam espaço e popularidade. Assim, posso dizer que esse foi o primeiro motivo que me levou a parar de criar o blog: a sensação de que ninguém iria ler, ou chegar até ele (se você está lendo, esse é o seu momento de se manifestar!) Arquivei esse hobbie, e o deixei na gaveta de desejos que não seguiram em frente. Porém, sou uma pessoa com o péssimo hábito revisar essa gaveta. Não faz muito tempo, comecei a pensar como, em me preocupei em não incomodar as pessoas que não queriam se envolver com os meus textos ou reflexões. Por exemplo: houve um momento em que tive uma página onde falava sobre a vida na Europa. Eu pensava: não posso misturar isso ao meu perfil pessoal, afinal, meus amigos não estão interessados nisso. Ou seja, durante muito tempo, eu me preocupei com as pessoas não interessadas, ao invés de buscar e me conectar com as pessoas que estão interessadas.

Não me entenda mal. Se entender é um processo longo e complexo. Certo, mas depois de dizer tudo isso, aonde eu quero chegar? Quero dizer que existiu um momento, um espaço de tempo, uma fração de segundos, um descuido do acaso, um pequeno milagre, uma celebração do destino, ou chame como preferir: houve um tempo que fui feliz escrevendo em blogs.

E aqui estou novamente.





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