Estava eu rolando o feed das redes sociais (não que eu me orgulhe disso, mas lá estava eu) quando vi o anúncio de um evento de uma marca de tequila. Na hora, eu não entendi ao certo sobre o que seria o evento. Também não sabia o que esperar, mas de uma forma quase espontânea, eu naveguei no site e garanti as minhas entradas. Meu passe para o acaso.
Vesti uma roupa qualquer e lá fui eu. Mirei o endereço pelo google maps, e vi que era possível ir caminhando. E assim eu fiz, caminhei até lá, por certa de 20 minutos.
Ao chegar, se tratava de um lugar grande e para a minha surpresa, havia uma festa. Logo na entrada, recebi um voucher com a possibilidades de várias consumações, tudo gratuito. Nesse dia, não eu levei ninguém comigo, e também não conhecia ninguém. Então, mandei uma mensagem para a blogueira que inicialmente publicou o tal evento. Nos encontramos. Ela saiu da area VIP para me dar um "Oizinho". Depois voltou para a área VIP. Antes disso, conversamos um pouco e eu a perguntei como você fica sabendo ros eventos e ela disse eles apenas aparecem.
Bruxaria? Acaso? Algoritmo? Verdade? Mentira? Não sei. Mas a partir daqui, foi como se eu tivesse desbloqueado um mundo de novas possibilidades chamado Madrid.
Madrid é a cidade dos eventos. Há pessoas se reunindo por qualquer que seja o motivo em todos os cantos. Parando em todas as filas. Formando alianças. Descobrindo cada cantinho da cidade. Investigando possíveis vantagens. Ou só exercitando a curiosidade mesmo. Seja como for, há eventos por toda parte e para todos os gostos.
Uma vez, acabei indo parar em uma festa de influenciadores, sim, mesmo sem ser uma. Outra vez, provei um perfume da Dior. Houve também a ocasião em que fui a uma festa de uma marca sueca de lâmpadas e decoração, tão elegantes e sutis, que quase nem dava para ver qual era o produto. Parecia só uma festa mesmo.
Recentemente, fui a uma feira de talentos da qual eu jurei que não iria ficar por muito tempo. Mas voltei no dia seguinte. Comemorei o aniversário da marca Benefit, como se fosse uma amiga.
Mas não se engane. Há filas, e filas. O lugar pode estar fechado, mas se esqueceram de te avisar.
Só passa por essa experiência quem entende que é sobre se deixar supreender. Uma vez, ouvi na adolescência uma frase que nunca esqueci: para fazer um passeio bom, é preciso fazer passeio ruins. É verdade. Ainda que, nas redes sociais, a gente só veja a primeira opção, os dias bons. Precisamos estar em movimento, para que os nossos desejos nos encontrem e para nós possamos encontrá-los. Se permitir experimentar.
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