As vozes de dentro

Há momentos em que eu simplesmente não sei o que fazer. Eu olho para o lado e não vejo respostas. Então, nessas horas eu pergunto a minha Intuição: "Quais são os próximos passos?"

Mas, no primeiro instante, quem levanta a mão sem pensar duas vezes e quer tomar a palavra é a Ansiedade. 

Ela, então, traz à tona uma avalanche de sensações e faz ainda mais perguntas, "e se...", que não ajudam muito e ainda me fazem sentir ainda mais culpada, já que não posso voltar ou adiantar o tempo. 

Em uma tentativa de amenizar, procuro ouvir atentamente as experiências das outras pessoas e muitas vezes percebo anseios e situações iguais ou similares às minhas. Isso me faz perceber que nós estamos sujeitos a sentir medo e ter inseguranças, inclusive eu. 

Peço a ela, então, que me dê um tempo. Uma vez que a Ansiedade é silenciada, o que vem à tona é a Razão. A razão, sensata, dá bons conselhos, que são sempre benéficos ao serem colocados em prática, como por exemplo, cuidar melhor da saúde, da alimentação, da mente. 

O melhor jeito de lidar com ela é respeitando. É cuidando melhor de si mesmo e colocando algumas ações práticas em dia. Assim, depois de ter a Ansiedade e a Razão acalmadas, é hora de, finalmente, ouvir a Intuição. 

Não se assuste se ela não necessariamente te dizer algo novo: a intuição se repete muitas vezes até finalmente ser ouvida. 

Aos poucos, vamos prestando atenção aos pequenos detalhes que trazem respostas profundas. E, com sorte, aceitamos. Porque no fundo, a gente sempre sabe o que fazer, mas quando todas as vozes falam ao mesmo tempo, é quase impossível ouvir.



Comentários