Meu namorado Polonês

Ele está sempre me ensinando algo. A cuidar das plantas, as táticas de agilidade na cozinha, a ter mais concentração e foco, a pensar em coisas positivas, a abrir potes de vidro. Certa vez, perguntei a ele: Afinal o que eu ensino a você? Ele disse: como fazer guacamole. Adoro o seu hambúrguer vegetariano e o patê de atum. (Aqui na Europa, eles não têm o costume de fazer os lanches malucos que encontramos no Brasil).

O meu namorado não “empurra com a barriga”, uma vez que nem sabe o que essa expressão quer dizer. Para ele, a estação Liberdade, em São Paulo, chama-se Freedom. Ele também não sabe se a Lenda dessa paixão faz sorrir ou faz chorar, mas essa aí nem eu sei.

Sim, nós somos de mundos diferentes, mas isso não é conto de fadas. No final do dia, nós salvamos um ao outro do tédio, da solidão, da falta de origem, da mesmice que é ter o mesmo ponto de vista. 

A gente faz piadas que não fazem sentido. Conhecemos cidades diferentes, realidades diferentes, problemas diferentes. Por mais estranho que pareça, eu adoro todas essas diferenças e não as trocarias por nenhuma outra. Afinal, é por meio das diferenças que a gente aprende, se desenvolve a até se torna mais forte. 

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